Em outro país, Raul Seixas já teria um museu
Era lá também que ficava a Chess Records, dos irmãos Leonard and Phil Chess, que gravou uma dezena de gênios como Chuck Berry, Etta James, Bo Diddley, John Lee Hooker, Buddy Guy e a lista segue até você dizer chega. A gente foi até o lugar onde ficava a Chess, hoje chamada de “Willie Dixon’s Blues Heaven Foundation”. O que rolou foi que durante um tempo, Chicago virou as costas pra essa história toda.
A casa onde Muddy Waters morou, até aquele ano, estava completamente abandonada na região sula da cidade, um bairro que dava a impressão que estávamos dentro do GTA (manja o game?). Já a Chess sobreviveu por conta da vontade da viúva de Willie Dixon, parceiro fiel de Muddy Waters, que comprou io prédio e preservou equipamentos, além de transformar o lugar num ponto de fomento para novos artistas e de escola para crianças que queiram começar a tocar um instrumento.
A iniciativa dela, em 1997, fez com que hoje o poder público em Chicago movimente milhões de dólares com o blues. São bares, festivais, marcos históricos e uma história de preservação aliada ao turismo que cumpre seu papel.
Demorou muito para acordarem, ainda mais se pensarmos na sociedade de consumo que é aquele país, mas está lá.
Bom, vamos lá… Muddy não inventou o blues. Ele saiu
do sul dos EUA, inventou um jeito novo de fazer blues
e mudou a história da música popular americana, para
depois mudar a do mundo inteiro. Essa mudança chegou
na Bahia, onde um moleque que influenciado
por Elvis Presley (que não existiria sem Muddy Waters),
reinventou a música popular brasileira.
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